sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

home, sweet home.



Pela primeira vez eu senti aquela vontade enorme de voltar.
Precisava de um tempo pra descansar, mas parece que se passaram eternidades. Não agüento mais.
Passar duas horas no lugar onde eu deveria estar foi magnífico ou, como diríamos em momentos extravagantes: esplendoroso. Sinto falta de tudo, absolutamente tudo. Das caminhadas matinais, do cansaço rotineiro, das risadas, da correria, do tédio, da falta de tempo, da ansiedade, do desespero, do medo, da confiança.
Pela primeira vez eu senti saudade de algo que eu sempre quis que se fosse logo. Parece estranho, e é, mas me senti vazia demais em casa. Na verdade, sinto.
Mas estarei de volta mais ou cedo ou mais tarde, vivendo aquela deliciosa rotina cansativa, desgastante, necessária, e feliz.
Sinceramente, saber que é meu último ano me deixa feliz e extremamente triste. Será mais uma barreira ultrapassada, mais um sonho realizado e mais um objetivo alcançado. Ao mesmo tempo será o sentimento de saudade invadindo meu peito e minha mente de uma vez por todas. Não me leve a mal, não sentirei saudades de todas as pessoas, claro que há algumas que sempre estiveram e sempre estarão comigo, mas o que mais vai me fazer falta é o lugar.
O que passei ali não volta, só prossegue em lembranças, algumas dessas que serão esquecidas com a velhice mesmo que eu faço tudo para impedir. Outras serão perdidas ao longo da estrada, e algumas –ainda bem- foram gravadas para sempre.
O lugar me traz paz, sossego, tranqüilidade, amor, raiva, tédio, orgulho, felicidade. E acho que é essa mistura que o faz um lugar especial demais para ser abandonado, pelo menos pra mim.
Muito obrigada, por proporcionar os melhores 3 anos que alguém pode ter, quer dizer, pelo menos pra mim.

- Ana Luíza Marcondes