quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

estúpida alienação.



É tão ruim quando você percebe que não faz parte de nada nem de ninguém.
É uma sensação estranha descobrir que querendo ou não, você é diferente, pensa diferente e prefere viver diferente de todos que estão ao seu redor. É como se você realmente fosse uma carta fora do baralho, aquele coringa ignorado em algum jogo idiota e infantil. Aquela carta abandonada num canto qualquer da mesa que alguns utilizam como apoio para copos e mais nada.
Quando você percebe que interação é mais difícil do que você imaginava não pelo fato de você não gostar de sair ou conversar, mas sim pelo fato de você odiar conversas sem sentido e sem ideologia você acaba se isolando da sociedade em geral. É melhor ser anti-social do que alienado.
A companhia de um livro ou de musica torna o dia-a-dia muito mais interessante do que uma conversa sobre a nova novela do horário nobre da TV Globo, ou sobre o divórcio da atriz famosa. O barulho das folhas caindo e do vento leve é muito mais audível do que o sonho de consumo que suprirá as futilidades da jovem. Os raios de sol nas mãos são muito mais aconchegantes do que um sofá enorme com todos contando as fofocas da semana.
Às vezes, ser maduro demais pra aturar baboseiras e estupidez é ser anti-social. Sendo assim, eu digo mais uma vez: é melhor ser anti-social do que alienado.
Em pleno século XXI, pensar virou acessório fora de moda.



- Ana Luíza Marcondes

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